quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Non praevalebunt: as agitações na Barca de Pedro e o “tradicionalismo”


"A Tempestade no Mar da Galileia", de Rembrandt


Não sou um exímio especialista na Crise da Igreja, não sou teólogo ou filósofo, não sou uma fonte dentro da Cúria Romana. Sou apenas um dentre muitos católicos. Não esperem, pois, um artigo repleto de revelações bombásticas, emendado com citações de tratados, encíclicas, verdadeiros calhamaços lidos e anotados; isso é trabalho para os eruditos. Falarei apenas com base no senso comum e, mais que isso, com base naquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo, Mestre infalível, Luz do mundo, Caminho, Verdade e Vida deixou-nos no Evangelho. 

Comecemos por um ponto inegável, que nem o mais fanático neoconservador pode negar sem, ao mesmo tempo, fechar os olhos para a realidade: a Igreja atravessa uma crise. Não me estenderei sobre o tamanho da mesma, ainda que haja razões inúmeras para crer nela como a maior da História. 

Entremos em qualquer templo, deixando de lado a Liturgia em si, e reparemos no que há ali – ou melhor, no que falta. Salvo nos locais privilegiados que possuem construções anteriores à década de 1960, a cena se repetirá: paredes brancas, pouquíssimas ou nenhuma imagem sacra – quando existem, o abstrato faz-se tão presente que fica difícil saber se, na parede, está representado Cristo Crucificado, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, ou um super-herói voador ou, talvez, um bicho-pau, colocado ali por algum entomólogo. 

Quanto aos vitrais, são de cores únicas, sem desenhos; uma mesa, por vezes com características mais disformes, e horrendas, que os móveis dos modernos apartamentos urbanos, ocupa o local do altar; o Santíssimo Sacramento foi deslocado para a lateral e, se visitado, os poucos fiéis que ainda compreendem a realidade da Eucaristia precisam de aguçada noção espacial para encontrar a capelinha, numa verdadeira jornada para visualizar a pequena luz vermelha acesa. Locais para ajoelhar? Nem sempre: contente-se com uma cadeira. 

Externamente, é possível questionar se o conjunto arquitetônico é um templo, um centro de convenções, uma câmara municipal ou uma nave espacial – exceto pela cruz (quando se faz presente), todas as outras características nos fazem duvidar da natureza da construção. Curioso concluir que tamanha deformidade exterior da fé não reflete uma deterioração interior da mesma, não? Mas é nisso que muitos creem; e, se o leitor chegou até aqui, terá que admitir, ao menos, que conhece mais de uma igreja com características no mínimo semelhantes às descritas. Mais: talvez seja um retrato fiel da paróquia que frequenta. 

Vê poucas pessoas nos confessionários, mas vê uma multidão na fila da comunhão; vê o sacerdote vestido como um homem comum, algumas vezes parecendo um senhor simpático de camisa, com um crucifixo no pescoço; outros vêm padres imitando, no estilo, o tio do Natal que faz a famigerada piada do pavê. As músicas supostamente litúrgicas não diferem daquelas que seu conhecido protestante escuta e, num extremo – infelizmente frequente – daquelas seculares que você mesmo escuta quando no transporte público ou no momento de lazer, em casa. 

Sim, estou usando o simples senso comum, como avisei que faria no começo do artigo. Pense a respeito, e encontrará outros pontos um tanto suspeitos, contraditórios ou claramente errados no estado das coisas; é inegável a crise nesse pequeno cosmo católico que você vive, certo? 

Passemos ao nível superior: uma hierarquia que, boa parte das vezes, não se posiciona fortemente contra o aborto, contra a união homossexual, que não permite a celebração da Missa Tridentina na diocese... Você achou estranha a entrada da estátua da Pachamama no Vaticano. E, agora, vê jornais do mundo todo – até os católicos, como a ACN – dizerem que o Papa Francisco defendeu leis de união civil para pessoas do mesmo sexo. O que fazer? 

A solução nua e crua dos “tradicionalistas” – e uso o termo entre aspas, pois nada mais somos que católicos que buscam seguir a doutrina de sempre da Igreja, e não monstros embaixo da cama – não é a do desespero e da histeria, como querem fazer crer: afinal, sabemos que o Papado já teve homens dos mais diversos tipos, desde heróis e mártires da fé até estupradores, assassinos e defensores de heresia. 

Quem deveria colocar os neurônios para trabalhar e tomar cuidado para não cair num desânimo fatal são os neoconservadores, que precisam de malabarismos para justificar o injustificável e abaixam a cabeça numa obediência por vezes contrária ao ensinamento da Igreja: “Devemos obedecer antes a Deus que aos homens” (At. 4, 19-20 e 5, 29). 

Além disso, precisam ignorar o que Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo disse: pelos frutos conhecereis a árvore (Mt. 7, 16-20). O que será que fariam eles quando acontecesse a hipótese que São Paulo nos coloca? “Evidentemente que não há outro [Evangelho diferente do que vos preguei], mas há alguns que vos perturbam e querem inverter o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie um Evangelho diferente daquele que vos temos anunciado, seja anátema. Como já vo-lo dissemos, agora de novo o digo: Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente daquele que recebestes, seja anátema” (Gal. 1, 7-9). Talvez aceitassem um novo evangelho, sob o pretexto de ser um anjo do céu que o promulgou... 

Não, os “tradicionalistas” não precisamos nos desesperar e arrancar os fios de cabelo da cabeça por isso; não somos nós que dizemos “não há crise!” ou “interpretaram tal documento/frase erroneamente!”. Devemos simplesmente fazer o que a Igreja sempre ensinou, inclusive no que diz respeito ao Papado e a quem ocupa a Sé de Pedro. Oremos pelo Sumo Pontífice com um coração filial; é nosso grave dever e, quanto mais parecer que o Sucessor de Pedro se desvia, maior será a nossa culpa se não o fizermos. 

Para encerrar, vejamos algumas passagens do Evangelho que resumem a posição de todo católico de bom senso: 

Em primeiro lugar, a difundida passagem de São Mateus 16, 18: “Eu digo-te que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Nada pode destruir a Esposa de Cristo, ainda que tentem fazê-lo desde o interior. Papas bons e maus se sucederam e assim o farão até o final dos tempos. Jesus é a Cabeça, e Ele venceu a morte; o Corpo também vencerá as investidas infernais, exclamando como o Apóstolo: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Cor. 15, 55). 

Lembremos também da Paixão de Nosso Senhor; o Corpo segue a Cabeça, logo, passa pelos sofrimentos que a atingiram. Façamos como São João Evangelista, com o auxílio insaciável e invencível de Nossa Mãe Imaculada, e continuemos ao pé da Cruz; se a Igreja sofre, sofre por causa dos nossos pecados. E, se muitos a abandonam, recordemos: “Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, tendo-O abandonado, fugiram” (Mt. 26, 56); São Pedro, o primeiro Papa, negou-O, arrependeu-se e tornou-se glorioso mártir e Coluna da Igreja. 

Por fim, reparemos no trecho da tempestade no Mar da Galileia: as ondas eram impelidas por um grande vento contra a barca na qual se encontravam os discípulos, e Jesus adormecia na popa. Aqueles, assustados, acordaram-nO e pediram socorro, e Ele fez a tempestade cessar – antes de reprimir os apóstolos pela falta de fé (Mc. 4, 35-40). Ora, as crises não são tempestades que agitam a Barca de Pedro? As águas a invadem, diz-nos o Evangelho; confiemos, entretanto, que Cristo estará sempre conosco, como Ele mesmo prometeu, até a consumação dos séculos (Mt. 28, 20). Tenhamos fé, e façamos o de sempre. 

Viva Cristo Rei, cuja festa se aproxima, e Salve Maria Santíssima, que nos concedeu a arma mais poderosa para todas as crises: o Santo Rosário. 

domingo, 5 de abril de 2020

A entrada triunfal de Nosso Senhor em Jerusalém e o desprezo do mundo

Meditação para o Domingo de Ramos extraída do livro Vita Christi, utilíssima obra do venerável dominicano Frei Luís de Granada (1505-1588), e traduzida ao português




Findos os discursos e o ofício da pregação do Evangelho e chegando o tempo daquele grande sacrifício da Paixão, quis o Cordeiro Imaculado entrar no lugar onde sofreria e daria cabo da Redenção do gênero humano. Para que se visse com quanto amor e alegria de ânimo foi beber este cálice por nós, quis ser recebido neste dia com grande festa, com todo o povo vindo até Ele clamando em alta voz e entoando louvores, com ramos de oliveiras e palmas nas mãos e entendendo muitos vestidos pelo caminho, exultando em conjunto e dizendo: Bendito seja o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas.

Junta, pois, meu irmão, tuas vozes com essas vozes e teus louvores com esses louvores, e dá graças ao Senhor por tão grande benefício que aqui te faz, e pelo amor com o qual faz; ainda que Lhe devas muito pelo que por ti padeceu, muito mais Lhe deves pelo amor com que padeceu; ainda que os tormentos da Sua Paixão tenham sido grandes, muito mais padeceria se fosse necessário. Sai, pois, ao caminho para receber este Nobre Triunfador, e recebe-o com vozes de louvor e com ramos de oliveiras e palmas nas mãos, e estendendo tuas próprias vestes em terra para celebrar a festa dessa entrada: as vozes de louvor são a oração e a ação de graças; as oliveiras são as obras de misericórdia; as palmas são a mortificação e a vitória sobre as paixões, e o estender as vestes por terra é a penitência da nossa carne. Persevera, pois, em oração, para glorificar a Deus, e usa de misericórdia para socorrer o próximo, mortificando tuas paixões e castigando a tua carne, e dessa maneira receberás em ti o Filho de Deus.

Tens aqui também um grande argumento e motivo para desprezar a glória do mundo, em busca da qual os homens andam tão perdidos e pela qual cometem tantos excessos. Queres, pois, ver o tanto que se deve estimar essa glória? Coloca os olhos na honra que aqui dá o mundo a este Senhor, e verás que o mesmo mundo que hoje O recebeu com tanta honra, daí a cinco dias o teve como pior que Barrabás e pediu a Sua morte, e contra Ele gritou, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o! De maneira que, hoje, é tido como filho de Davi, o mais Santo dos santos, e amanhã é tido como o pior dos homens e mais indigno da vida que Barrabás. 

Que exemplo é mais claro para ver o que é a glória do mundo e o quanto se devem estimar os testemunhos e juízos dos homens? Que coisa mais leviana, caprichosa, cega, desleal e inconstante em seus pareceres que o juízo e o testemunho deste mundo? Hoje diz, amanhã desdiz; hoje louva, amanhã blasfema; hoje levianamente levanta sobre as nuvens, amanhã faz sumir nos abismos; hoje diz que sois Filho de Davi, amanhã diz que sois pior que Barrabás.

Tal é o juízo dessa besta de muitas cabeças e desse enganoso monstro que nenhuma fé, nem lealdade, nem verdade guarda com ninguém, e nenhuma virtude nem valor mede senão com seu próprio interesse. Não é bom senão quem é pródigo para com ele, ainda que seja pagão; não é mau senão o que lhe trata como merece, ainda que faça milagres, pois não tem outro peso para medir a virtude que o interesse, somente. O que direi das suas mentiras e seus enganos? A quem guardou fielmente a sua palavra? A quem deu o que prometeu? Com quem teve amizade perpétua? A quem conservou muito tempo o que deu? A quem vendeu vinho que não fosse aguado com mil angústias? 

Só isso o mundo tem de verdadeiro: que a ninguém foi fiel. É aquele falso Judas que, beijando seus amigos, entrega-os à morte; é aquele traidor Joabe que, abraçando ao que saudava como amigo, secretamente lhe enfiou a espada no corpo; anuncia vinho, vende vinagre; promete paz, e arma emboscadas. Mal de conservar, pior de alcançar, perigoso para ter e difícil de deixar: ó, mundo perverso, prometedor falso, enganador certo, amigo fingido, inimigo verdadeiro, lisonjeador público, traidor secreto! Nos precipícios, doce; nos prazeres, amargo; no rosto, brando; nas mãos, cruel; nas dádivas, escasso; nas dores, pródigo; parece algo, mas é vazio por dentro; por fora, florido; sob a flor, espinhoso!

domingo, 15 de março de 2020

O sofrimento, a Cruz e o homem moderno


A magnífica escultura do sevilhano Manuel Martín Nieto, Cristo de la Misericordia

O homem não se vê mais como um peregrino caminhando por uma estrada estreita até o momento de se encontrar com Deus através da morte do corpo, e sim vive como um pequeno rei que busca o conforto material e a consolação dos seus semelhantes, satisfazendo todas as suas vontades em diferentes graus. Mais: nunca antes na história humana o tempo importou tanto. Vivemos no imediatismo, afirmação facilmente confirmada a cada rápida visualizada nas redes sociais, especialmente naquelas que se baseiam quase totalmente na troca de mensagens.

Ocorre que, neste mundo, que deveria ser de prazer, de alegria e de realização pessoal para a mentalidade contemporânea, eivada das mais insanas ideologias, claro é que há frustrações e amarguras, desde tirar nota vermelha numa prova da faculdade até perder um ente querido ou adquirir uma doença grave e incurável. Também existe a demora: há coisas que só o tempo, ou melhor, a Providência através do tempo, cura e soluciona. 

Ora, se o sentido da vida é a felicidade no mundo, qualquer dor e tristeza física ou mental passa a não se encaixar no cenário, uma vez que a vida terrena é aquela que importa; não há outra, afinal. Devemos ser felizes aqui; se não somos, algo está errado. E, como assim não podemos solucionar problemas e ter o que queremos agora? Ficamos perplexos diante da impotência da frágil e decaída natureza humana.

As ideologias que retiraram Cristo e Sua Paixão dos locais públicos, chegando mesmo a invadir o imaginário popular e chamá-lO de mito, de uma lenda antiga e desnecessária ao homem, pretenderam fazer do homem um deus. Quiseram que ele fosse feliz sozinho, dependendo apenas de seus iguais - quando esses não são mortos no ventre materno ou no leito de um hospital -, e não Daquele que o criou e o sustenta dia após dia. Vão engano. Mesmo com a disponibilidade imensa e imediata de toda a espécie de divertimentos sensíveis, lícitos e ilícitos, jamais se viu povo tão infeliz.

Quando não se olha mais para a Cruz, quando não se pensa mais nas Coisas do Alto para as quais o homem foi criado, perde-se toda a dimensão e o sentido do sofrimento. Não à toa temos a geração que mais cria e compartilha páginas de "pensamentos positivos" e "boas vibrações", mas também aquela na qual as pessoas mais tiram suas próprias vidas, quando chegam ao limite imposto por tantas moléstias psicológicas/psiquiátricas que se espalham tal qual sementes ao vento na louca atualidade.

Isso porque a Cruz mostra um Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, sem qualquer mancha e que, na nossa mentalidade, não deveria ter sofrido a terrível morte que lhe caiu sobre os ombros. Era sangue inocente, como o próprio Judas reconheceu. Ora, eu, pecador, repleto de culpas e das mais graves, dono das mais miseráveis falhas, deveria estar em melhor condição que o Cordeiro Imaculado? Não seria totalmente injusto pensar em tal situação, uma vez que o pecado é uma dívida infinita, a ponto de exigir a reparação do próprio Deus Encarnado?

Para isso ocorreu a Santa Paixão. Cristo satisfez a infinita reparação devida pelo homem por causa do pecado através de Suas Chagas: Suas costas mutiladas pelo flagelo com ganchos e pontas de chumbo, Suas mãos e pés transpassados por grossos cravos, Sua cabeça penetrada por longos espinhos, Sua face coberta de hematomas e cusparadas. E, detalhe: voluntariamente. Que loucura para o mundo moderno procurar o sacrifício e o sofrimento em prol dos amigos... E dos inimigos! 

Quanto às perspectivas de sucesso que muitos invejam, um ligeiro olhar para a vida do Salvador mostra-nos que, por vezes, o sucesso terreno não equivale ao sucesso sobrenatural e até lhe é contrário: o nascimento numa pobre gruta em Belém, no frio da noite, sem lugar nas estalagens; a fuga para o Egito, ainda como pequeno menino; a vida oculta, cheia de trabalhos e auxílios a São José e a Maria Imaculada; o início da vida pública, conhecido apenas como "filho do carpinteiro"; o auge de tal curta e prodigiosa carreira, odiado pelos fariseus e doutores da Lei; a traição de um discípulo amado, o abandono dos principais apóstolos à exceção de São João, a negação do primeiro Vigário, São Pedro; morto na Cruz, como um maldito, entre dois ladrões. Quando da Ressurreição, nenhuma testemunha presente naquele incrível momento. 

O Fracassado aos olhos do mundo, aquele Sofredor tão desprezado, resgatou os homens e dispôs aos mesmos infinitos tesouros dispensados, daquele momento em diante até o final dos tempos, pela Santa Igreja. Ela, em suas orações do maior ato público de adoração - a Santa Missa, no Ofertório -, reconhece que tal prodígio foi ainda maior que a Criação: Deus, qui humanæ substantiæ dignitatem mirabiliter condidisti, et mirabilius reformasti...

O sofrimento tem um sentido absolutamente salutar: nos aproximar de Nosso Senhor Jesus Cristo, satisfazendo nossas próprias faltas e fazendo-nos acumular tesouros no Céu se carregarmos tal cruz com verdadeiro amor. Como o Cireneu, dessa forma auxiliaremos outros a carregarem suas cruzes, pois cada um tem a sua própria. É a chave da salvação, a ponte que nos transporta à Verdadeira Felicidade, aquela que será eterna e imensamente maior que todas as pequenas e passageiras alegrias deste século. E, se é maior que todas as alegrias, quanto maior é que todas as angústias e todos os desamparos?

Quem quer que esteja triste, envolto na tribulação, sob as espessas nuvens da dor e do fracasso, basta olhar para o Senhor no Santo Madeiro: "Meu filho, isso foi por ti, para que te abrissem as portas do Céu. Levai tua cruz, infinitamente mais leve que a Minha, com paciência e a consolação de todas as graças que a ti disponho, pois terás um lugar junto a Mim no Paraíso se assim o fizeres". 

Non praevalebunt: as agitações na Barca de Pedro e o “tradicionalismo”

"A Tempestade no Mar da Galileia", de Rembrandt Não sou um exímio especialista na Crise da Igreja, não sou teólogo ou filósofo, nã...